O lobo tinha comido seis cabritinhos. Sentiu seu estômago tão pesado e foi tirar um cochilo do outro lado do poço.
Estava tão cheio que se esqueceu de comer um sétimo cabritinho que estava escondido debaixo da cama. Assim, quando a mamãe cabra chegou do mercado com uma cesta no braço, esse cabritinho lhe disse que o lobo tinha comido seus seis irmãos mais novos.
“Ah! Meus filhos! Meus queridos filhos!”
lamentou a cabra, enxugando os olhos com um canto de seu avental. Logo, recuperando a sua coragem, tomou o cabritinho pela mão e foi procurar o lobo.
Não demorou muito para descobrir que ele dormia profundamente atrás do poço, roncando a toda força.
“Espere meu filho! Você vai ver!”
disse a mamãe cabra. E puxando de sua cesta uma faca de cozinha, ela, de um só golpe, dividiu a barriga do lobo em toda a sua extensão.
Imediatamente, os seis cabritinhos saltaram no pescoço de sua de sua mãe. O lobo tinha engolido os cabritinhos tão avidamente que ele não tinha tido tempo para mastigar e, por esse motivo, eles ainda estavam vivos. A Cabra e os cabritinhos riram e se emocionaram juntos por um momento. Em seguida, a mãe disse: “Isso não é tudo! Vão depressa pegar seis pedras grandes. Eu vou coloca-las na barriga do lobo e vou recosturar sua pele, Assim, ele nem vai notar quando acordar.” Quando tudo terminou, a mãe e as crianças se esconderam, para ver qual seria a reação do lobo.
Depois de um tempo, ele acordou, esfregou os olhos e sentiu seu estômago ainda pesado. “Como está pesado!” ele rosnou. “Eu provavelmente ainda não digeri totalmente minha refeição. Ah! Eu sei, eu me esqueci de beber alguma coisa.” Ele então se levantou e foi até o poço. Em seu estômago, as seis pedras faziam um barulho estranho. “Eu realmente não sei o que badala assim na minha barriga,” disse o lobo. E, então, ele se inclinou para beber água no poço.
Mas esse movimento jogou as pedras umas contra as outras no estômago do lobo, fazendo peso, e arrastando-o para frente, até que ele perdeu o equilíbrio e caiu de cabeça para baixo no fundo do poço. Ai, felizes, a cabra e os sete cabritinhos dançaram ao redor do poço.
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